Datas dos Próximos Encontros Presenciais:
- 4ª-feira: 06/Novembro das 15h as 19h
- Sábado: 16/Novembro das 9h às 13h30
Valor Normal Para Realizar Sua Constelação Familiar no Grupo: R$ 620,00
Taxa Participação para observadores: R$ 53,00 por participante
Coordenadora: Fátima Corga (Familienstellen certificada pela Hellinger Schule®)
Local: Instituto Luz
Novo Endereço: Rua Carneiro da Cunha, 167 (Térreo) – Saúde – Metrô Saúde – São Paulo-SP
O Resgate de Si Mesmo
Constelação Familiar é um método eficaz e poderoso, para reconhecer emaranhamentos na vida familiar do ser humano, trazendo relaxamento e compreensão nas situações problemáticas vivenciadas na família. Isso permite que o amor flua novamente entre os membros do Sistema Familiar.
A Terapia Sistêmica Fenomenológica foi criada pelo Terapeuta alemão Bert Hellinger. Seu trabalho mostra como forças entranhadas profundamente no Sistema Familiar podem ser redirecionadas para o equilíbrio, quando membros desse sistema são reconhecidos, respeitados e colocados no seu devido lugar.
Bert Hellinger desenvolveu uma série de novos procedimentos psicoterapêuticos. Enfocando dinâmicas que envolvem várias gerações trouxe a compreensão das implicações fatídicas e frequentemente inconscientes dentro das famílias, implicações essas que ele reuniu sob o conceito “Ordens do Amor”.
No caminho do conhecimento fenomenológico, é necessário expor-se, dentro de um determinado horizonte, à diversidade dos fenômenos, onde não se escolhe entre eles e nem os avalia. Apenas, esse procedimento exige um esvaziar-se em relação às idéias preexistentes quanto aos movimentos internos, sendo eles do campo do sentimento, da vontade ou do julgamento. Em suma, nesse processo a atenção é dirigida e não dirigida, centrada e vazia, acarretando a postura fenomenológica que requer um estado de prontidão tensionada para a ação , sem executá-la. Devido a esta tensão, torna-se a pessoa extremamente capaz e pronta para perceber. E, após um tempo, ela vê como a diversidade presente no horizonte se dispõe ao redor de um centro e, de repente, reconhece uma conexão, uma ordem, uma verdade ou o passo que permite continuar adiante. Esse procedimento é externo, experienciado como uma dádiva e, via de regra, limitado. O procedimento fenomenológico possibilita e requer a experiência do que foi descrito acima. Através da colocação da Constelação Familiar experiencia-se o resultado de um caminho do conhecimento fenomenológico e ao mesmo tempo, obtém-se o procedimento fenomenológico como resultado.
O trabalho é realizado dentro de um contexto onde o cliente escolhe entre as pessoas de um grupo, representantes para os membros de sua família. Seu pai, sua mãe, seus irmãos e para si mesmo, não importando quem ele escolha para representar os vários membros de sua família. É considerado melhor se ele escolher os representantes independentemente de aparências externas e sem uma determinada intenção. Este é o primeiro passo para uma contenção e renúncia a intenções ou antigas imagens. Quem busca semelhanças físicas nos representantes, por ex, não se encontra numa postura aberta para o essencial e invisível. Limita, assim, a força expressiva da colocação através de considerações externas. Assim sendo, a colocação de sua Constelação Familiar já pode estar, para ele, fadada ao fracasso. Algumas vezes é melhor que o Terapeuta escolha os representantes e deixe o cliente configurar sua família. Deve ser considerado o sexo das pessoas escolhidas, isto é, que homens sejam escolhidos para representar os homens e mulheres para as mulheres. O cliente coloca os representantes no espaço um em relação ao outro. Neste momento é importante que ele os segure com ambas as mãos pelos ombros, e, assim, em contato com eles os posicione em seu lugar. É imprescindível que durante a montagem o cliente esteja centrado, observando seu movimento interior, seguindo-o ate sentir que o lugar para onde conduziu o representante seja o correto. Assim ele prossegue até que todos os representantes se encontrem em seus lugares. Durante esse processo o cliente encontra-se esquecido de si mesmo. À medida que todos estejam posicionados ele desperta deste esquecimento e é de grande ajuda, quando ele dá uma volta e corrige algo que não esteja totalmente correto. Aí ele se senta.
Pode-se perceber quando o cliente não está esquecido de si mesmo. Por ex., quando coloca um dos representantes tal e qual uma escultura, ou quando monta a Constelação Familiar muito rapidamente, como se seguisse uma imagem pré-concebida ou quando se esquece de colocar uma pessoa, ou quando declara que uma pessoa já esta em seu lugar certo sem tê-la posicionado de modo concentrado. Esta Constelação Familiar tende a terminar num beco sem saída ou de forma confusa. É necessário que o Terapeuta também se liberte de suas intenções e imagens para que a colocação de uma Constelação Familiar tenha êxito. À medida que se contém e se centra na Constelação, reconhece imediatamente se o cliente quer influenciá-lo com imagens pré-concebidas ou esquivar-se daquilo que começa a se mostrar. Então, ele leva o cliente a se centrar e o conduz ao estado de disposição para que se exponha ao que está acontecendo. Quando isso não é possível, interrompe-se a Constelação. Cabe também aos representantes uma contenção interna de suas intenções, idéias e medo. Isso possibilita a observação das mudanças que se manifestam em seu estado corporal e seus sentimentos enquanto são colocados. Por ex., que querem olhar para o chão, para o alto, que se sentem pesados ou leves, que o coração bate mais depressa, se estão com raiva ou tristes, ou com medo.
Ajuda bastante quando prestam atenção às imagens que emergem e que ouçam os sons e palavras que afloram. É necessária uma grande sensibilidade e uma enorme prontidão para se distanciar de suas próprias idéias. É necessário que o Terapeuta seja muito cauteloso para que as fantasias dos representantes não sejam captadas como percepções. Tanto o Terapeuta como os representantes podem escapar mais facilmente desta situação quanto menos informações tiverem sobre a família. A percepção fenomenológica acarreta melhores resultados quando se questiona só o essencial, diretamente antes da Constelação Familiar. As perguntas necessárias são:
1-Quem pertence à família?
2-Houve na família destinos especiais, por ex., deficientes? Há natimortos? Ou membros da família morreram precocemente?
3-Um dos pais ou avós teve anteriormente um relacionamento firme?
A percepção fenomenológica do Terapeuta e representantes será dificultada se a anamnese for muito longa. Cabe ao Terapeuta recusar conversas prévias ou questionários que vão além das perguntas citadas anteriormente. Pela mesma razão o cliente deve calar-se durante a colocação e nem os participantes devem fazer perguntas de qualquer natureza para o cliente. Faz-se necessário que os representantes comuniquem ao Terapeuta o que sentem ao invés de prestarem atenção à imagem externa da Constelação ou que tentem “ajudar” o cliente com afirmações amáveis. Nestes casos, o Terapeuta deve substituí-los por outros imediatamente.
É importante que o representante fale ao Terapeuta o que realmente experiência interiormente. Por ex., um pai que sente uma atração erótica pela filha, ou uma mãe que se sente melhor quando um de seus filhos quer seguir um membro da família na morte. A atenção do Terapeuta é direcionada para os mais leves sinais corporais, por ex, um retesamento, uma aproximação ou afastamento involuntário das pessoas, um sorriso. Estando ele centrado perceptivamente, isto é, livre de intenções e medos à colocação da Constelação Familiar terá sempre êxito. Um sinal infalível de que algo está errado, é quando se percebe que no grupo observador há inquietação e a atenção diminui. Neste caso, quanto mais rápido o Terapeuta interromper o trabalho será melhor. A interrupção permite a todos os participantes concentrar-se novamente e, depois de algum tempo, recomeçar o trabalho. Pode acontecer que o grupo observador apresente sugestões. Porém isto deve ser apenas uma observação. Nada de interpretações. Ou de colocações feitas levianamente, ou em busca de adquirir prestígio, ou por curiosidade. Perde-se a sua seriedade e forma. Cabe ao terapeuta, decidir com qual família ele iniciará seu trabalho. Família atual ou a de origem? Colocando-se a família atual pode-se colocar mais tarde aquelas pessoas da família de origem que ainda atuam fortemente na família atual. Desta forma, tem-se uma imagem onde as influências que sobrecarregam e trazem o equilíbrio através de várias gerações tornam-se visíveis e podem ser sentidas. Onde existem trágicos destinos na família de origem é necessário iniciar-se o trabalho com ela.
É importante começar a colocação com o núcleo familiar, isto é, pai, mãe e filhos. Quando existe um natimorto ou uma criança que morreu precocemente, coloca-se esta criança posteriormente para se observar qual o efeito que tem sobre a família. É mais proveitoso iniciar a colocação com poucas pessoas, deixar-se conduzir por elas e desenvolver a Constelação. Quando se configura a primeira imagem, permite-se ao cliente e representantes um tempo para que se exponham a ela, deixando-a atuar. Há ocasiões em que os representantes começam a agir, por ex., tremendo, chorando ou abaixando a cabeça, respirando dificilmente ou olhando com interesse ou apaixonadamente para alguém. É importante o Terapeuta dar tempo e observar suas reações, permitindo a verdadeira situação se concretizar.
O Terapeuta em sua postura perceptiva, vai primeiramente até à pessoa que sente estar mais necessitada. Se, por ex., ela foi colocada de costas ou de lado, o Terapeuta vê que ela quer partir ou morrer. Apenas conduzí-la uns passos para a frente na direção em que ela está olhando e prestar atenção ao efeito provocado nela e nos outros. Caso todos os representantes olhem para uma só direção, o Terapeuta sabe que alguém deve estar na frente deles: uma pessoa esquecida ou excluída. O Terapeuta pergunta quem será esta pessoa e a coloca na Constelação dando continuidade ao trabalho. Outro exemplo é quando a mãe está cercada pelos filhos, onde se tem a impressão que eles a impedem de partir. O Terapeuta pergunta o que aconteceu na família de origem dela e, procura uma solução para a mãe antes de continuar com os demais representantes.
O Terapeuta irá desenvolver os passos seguintes sempre respeitando a colocação inicial e mantendo a concentração no essencial, na densidade e na tensão próprias ao trabalho. Passos desnecessários acarretarão a diminuição da tensão e desviará a atenção das pessoas e acontecimentos importantes. Há casos mais densos onde coloca-se somente dois representantes. Por ex., mãe e filho com uma doença incurável. O Terapeuta nada diz. Só observa o que se passa entre eles dentro deste campo de forças. Desta forma, vem à luz não somente os sentimentos das pessoas mas também emerge um movimento onde surgem os passos possíveis ou adequados a ambos. Os representantes comportam-se e se sentem como as pessoas que representam, embora não possuam informações prévias dos acontecimentos externos mencionados anteriormente. O campo de forças não pode ser esclarecido: permanece um mistério. Evidencia-se também, através do comportamento dos representantes e, com isso, através do comportamento e dos destinos dos membros reais da família, que eles estão ligados às pessoas que já faleceram há muito tempo. Há uma alma que atua mais que um campo de forças. Atua uma alma comum que liga não somente os vivos mas também os membros falecidos de uma família.
Através da Constelação Familiar o Terapeuta vai do próximo ao distante e do estreito ao amplo. Ele olha para o cliente e sua família, para a alma deles, para um campo de forças e para a alma que os abarca. Pois eles estão integrados em um campo de forças maior e em uma grande alma e são usados e tomados a seu serviço. No centro das atenções está a percepção de forças atuantes (por ex.: O “amor vinculador”, a “consciência”, a “alma grande”) que se devotam ao bem-estar e ao direito de todos, inclusive de familiares falecidos há muito tempo,e que mantém coesos a família e o clã. Partindo da montagem da sua Constelação o cliente visualiza as implicações, os bloqueios, os vínculos secretos, transformando-se em ponto de partida de um processo de solução. Transformar o amor primário da criança em amor sensato e cônscio; libertar o indivíduo da identificação com familiares excluídos, inserindo-o no Sistema Familiar pela valorização; transformar a culpa reconhecida em força para o bem; experimentar a benevolência e a força que emanam dos falecidos quando estes são devidamente reconhecidos; consentir com a Existência para que seja possível a reconciliação e a aceitação de um destino difícil, de enfermidades e da morte. Representantes, cliente e Terapeuta vivenciam as soluções em consonância com o todo. Seu procedimento é fenomenológico.
Através da Constelação Familiar pode-se trazer à luz a dinâmica escondida no Sistema Familiar e desenvolver a força interior nesta família. A capacidade de entender seu próprio comportamento fica ampliada, sendo possível, a reconciliação consigo mesmo e com os outros membros do Sistema. É uma forma eficaz de resolver emaranhamentos antigos e liberar toda a energia para se viver uma vida mais saudável, natural e espontânea- redirecionando a energia para o equilíbrio. Dissolvendo os “nós” familiares antigos, o cliente libertar-se-á bem como a gerações passadas e futuras de sua família. Normalmente este trabalho é realizado em grupos ou individualmente. Sessões individuais também funcionam num nível bem profundo, onde diferentes símbolos são usados para representar as posições dos membros da família.
A abrangência deste trabalho atinge profissionais de todas as áreas, pessoas que queiram trabalhar suas relações familiares e amorosas, perdas e/ou lutos, comportamentos destrutivos, dificuldades profissionais, bloqueios afetivos etc. Através das Constelações Familiares o ser humano se dispõe a ir bem mais profundamente dentro de si mesmo, aprofundando e ampliando seu autoconhecimento – resgatando-se e sentindo-se mais autêntico em sua vida.