Por que as defesas?
A primeira atitude de uma pessoa diante de um obstáculo é se defender assim como o animal que quando se vê diante de um perigo se coloca em prontidão para atacar ou ataca.
Em psicanálise essas ações têm por finalidade reduzir ou eliminar qualquer manifestação que ponha em perigo a integridade do ego. Se ver em perigo seja ele qual for traz angústias e a intensidade delas deixam os mecanismos de defesa mais ativados.
As pessoas podem querer equilibrar suas qualidades com suas deficiências, como uma pessoa que não consegue amar pode passar a sentir dores para não ter que se perguntar ou enfrentar as dificuldades que a levam a falta de amor.
Existem também aquelas pessoas que se refugiam na fantasia, sonham acordadas com algo que poderá nunca acontecer. Elas se defendem do desprazer da sua realidade.
Há também aquelas que se sentem cobradas o tempo todo e lutam contra a sua suposta incapacidade, se veem pouco inteligentes justificando seu erro com tal veemência que é impossível o outro contradizer.
Ou aquele que passa a não confiar nas pessoas com as mesmas características de uma pessoa que lhe decepcionou. Exemplo disso, temos nas frases: Todos os homens são canalhas. Todas as mulheres são vulgares.
Têm também aquelas que colocam o perigo sempre presente e prestes a prejudicá-las, outras que imitam as características das pessoas que lhe chamam a atenção; outras que usam a mentira para salvar-se dos possíveis castigos, outras que regridem à fases menos dolorosas e para terminar as chamadas projeções em psicanálise que é: Tudo que vejo nele (a) de bom ou de ruim é meu também e, por isso, eu a enalteço ou a crítico.
Elizabeth Sartori – Analista Junguiana e facilitadora do curso de Psicanálise com Abordagem Junguiana