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Compaixão

Compaixão

Compaixão. Uma palavra tão simplória mas, ao mesmo tempo, de profundidade inimaginável. Paz na ação em todas suas manifestações. Pensamento, fala e ação propriamente dita. A base do Budismo, seja qual linha for. “Foi a força motivadora que fez com que o Buda se levantasse de sua meditação solitária sob a árvore bodhi e que o inspirou a conduzir outros a um estado duradouro de felicidade genuína.” (Wallace, 2005, p.123)

Mas afinal, o que é a compaixão?

A compaixão da qual estou me referindo é bem diferente da utilização popular do termo “compaixão”, o qual estamos comumente acostumados a utilizar no Ocidente. Devido à uma grande influência cristã em nosso inconsciente coletivo, costumamos associar, indevidamente, a compaixão ao ato de lastimar. Mas a real compaixão não bem assim. Ao lastimar alguém devido sua situação, naturalmente me coloco superior à essa pessoa. Observo a situação pela qual aquela pessoa está passando, e implicitamente julgo que a mesma não tem recursos o suficiente para superar aquilo, e eu sim. Logo sinto dó/pena, pois acredito que não há saída ou um final feliz para aquela pessoa.

A compaixão a qual me refiro é o reconhecimento do sofrimento humano e a possível conexão através do mesmo. A real compaixão surge quando compreendo que o sofrimento existe, e que isso é um fator de humanidade compartilhada. Assim como qualquer ser senciente, eu também sou vulnerável. E assim como qualquer ser senciente, eu sofro. E por causa de minha vulnerabilidade, seja lá o que for que o outro esteja passando, existe a possiblidade de eu passar também. E assim como qualquer ser, eu também quero ser feliz. A compaixão surge de um reconhecimento de igual para igual, ser humano para ser humano em essência. E a partir dessa Verdade, os seres podem se conectar de forma profunda e genuína.

“Em seu livro The Art of Happiness, o Dalai Lama define compaixão como “um estado de mente que é não violento, que não fere e não agride. É uma atitude mental baseada no desejo de que os outros se livrem do seu sofrimento, e está associada a uma sensação de compromisso, responsabilidade e respeito para com o outro”. Ela surge a partir de um sentimento chamado em tibetano de tsewa, para o qual a tradução mais aproximada seria “importar-se com sinceridade” e que o Dalai Lama considera a mais fundamental das emoções humanas.” (Wallace, 2005, p.126)

Por fim, deixo um vídeo de uma das maiores vozes de compaixão hoje no mundo, o Dalai Lama.

“Que todos os seres possam ser livres do sofrimento e suas causas”

Gabriel Cop Luciano

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