As psicoterapias transpessoais (psicologia analítica Junguiana, psicologia do ser de Maslow, psicossíntese de Assioli, entre outras) partem do pressuposto de que o ser humano possui uma tendência inerente para curar-se e evoluir, tendo consciência do sistema corpo/mente como um todo integrado auto-organizador, portanto capaz de integrar suas experiências e realizar-se em harmonia com o seu meio ambiente (visão holística).
Os sintomas psicológicos representam elementos bloqueados da experiência e a finalidade da terapia é facilitar o processo de integração pessoal, ajudando o paciente a completar a Gestalt experimental. Para liberar as experiências bloqueadas do paciente o terapeuta dirige a atenção para vários padrões de comunicação, interpessoais e internos, com a finalidade de intensificar a consciência do paciente quanto aos detalhados processos físicos e emocionais envolvidos. Esse ampliar da consciência tem o propósito de tornar possível o estudo especial em que padrões experimentais se tornem fluidos (catarse), e o organismo inicia o processo de autocura e integração. O objetivo da terapia é facilitar o processo de integração das experiências transpessoais com suas formas ordinárias de consciência no processo de crescimento interior e desenvolvimento espiritual.
O processo terapêutico pode ser considerado uma aventura de auto-exploração. É importante que o terapeuta crie uma atmosfera especial de apoio para intensificar a experiência do paciente e o potencial de realização, facilitando o expressar das experiências e ajudando o paciente a vencer resistências.
O terapeuta e o paciente devem estar num estado de intensa comunhão consciente, concentrando-se o terapeuta totalmente na experiência do paciente e considerando profundamente todas as expressões verbais e não-verbais a partir de uma posição de empatia e respeito incondicional. O terapeuta não desempenha um papel dominante, mas torna-se o facilitador de um processo em que o paciente é o principal protagonista e tem plena responsabilidade.
A estratégia básica dessa nova psicoterapia experimental requer, para que sejam obtidos os melhores resultados terapêuticos, que tanto o terapeuta como o paciente deixe de lado tanto quanto seja possível, suas respectivas estruturas conceituais, as previsões, os pressentimentos e as expectativas, durante todo o processo experimental.
Ambos devem se mostrar abertos e ousados, prontos para seguir o fluxo da experiência com confiança profunda em que o organismo descobrirá seu próprio caminho para curar-se e evoluir. Ao se aventurarem a fundo nos domínios existenciais e transpessoais da consciência humana, o psicoterapeuta tem que estar preparado para enfrentar experiências às vezes tão incomuns que desafiam qualquer tentativa de explicação racional.
A adesão obstinada a uma concepção mecanicista da realidade, a uma noção linear de tempo ou a um conceito limitado de causa e efeito, pode converter-se num poderoso mecanismo de defesa contra o surgimento de experiências transpessoais e interferir, portanto no processo terapêutico.
A psicologia é hoje em dia comumente definida como a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais. Como tal, leva em conta o desenvolvimento, a aprendizagem, a percepção, a memória, o pensamento, o sentimento, a emoção, a linguagem, a motivação, a inteligência, a personalidade e o ajustamento ao meio ambiente: família, trabalho, grupo social e suas influências.
Enfim a prática clínica visa à busca da integração psíquica e do auto conhecimento, conduzindo o indivíduo a realizar plenamente o seu potencial.
Através de suas principais correntes, a psicologia se propõe não só ao tratamento do comportamento anormal, mas também à prevenção e ao alívio do sofrimento psíquico. O número de sessões pode variar de acordo com a linha adotada pelo profissional. O tempo de análise não poderá ser predeterminado pelo terapeuta visto que isto varia de pessoa para pessoa.
Psicologia Transpessoal
A Psicologia Transpessoal, veio para nos ajudar a compreender que trazemos para nosso dia-a-dia os conteúdos da memória extra cerebral (conteúdos desenvolvidos antes deste nascimento) que estão presentes em todos nós, nos influenciando de maneira decisiva em nossas escolhas. O modelo desenvolvido para entendermos esta nova teoria foi:
Subconsciente: arquivo de todas experiências vividas, nesta ou outras vidas e que quando é acionada, devolve todas as informações armazenadas.
Consciente: o momento presente, o real, o que vivo agora, tudo que vivo, mando para o arquivo e lá fica à minha disposição, bastando ser acessado.
Superconsciente: é o Eu Superior, é na minha mente a presença de Deus Em Mim. Quando tenho contato com esta minha parte da mente, sou verdadeiramente feliz. Estou em harmonia com o universo. Poucas vezes consigo acessar o Superconsciente, pois fico sempre na falta de paz e harmonia, entre o Subconsciente e Consciente. Quando mantenho meu Consciente em tranqüilidade e aceitação de mim mesmo, abro a porta do Superconsciente.
Assim sendo, volto a chamar a atenção de todos de como é importante decidir agora o que penso, melhorar meu nível de pensamentos, ser amoroso com a vida, com as pessoas, parar de reclamar e de se sentir vítima e coitadinho.
Sendo assim, você está sendo apenas um chato, um ser desagradável e seu caminho do equilíbrio, é de aprender a se pegar no colo, ser seu próprio pai, sua própria mãe, aprender a se nutrir, não esperar mais nada dos outros; você, fazer suas coisas por você, aprender a ser livre, a ser independente e feliz!
Psicologia Analítica ou Junguiana
Criada por Carl Gustav Jung, a Psicologia Analítica acredita que todo ser tende a realizar o que existe nele em germe, a crescer, a completar-se, a desenvolver o seu potencial.
O homem é capaz de tomar consciência desse desenvolvimento e de influenciá-lo. Precisamente através do confronto e da colaboração entre o inconsciente e o consciente que a personalidade amadurece, visto que se acredita que o inconsciente é composto por aspectos pessoais (história de vida) e coletivos (hereditários e raciais) os quais influenciam os processos conscientes, podendo provocar distúrbios de natureza psíquica e somática (corporal).
O terapeuta senta frente a frente com seu cliente, abordando situações passadas, o dia a dia, sentimentos, fantasias e sonhos, os quais, caso a pessoa se lembre, ajudam a confirmar a direção do trabalho terapêutico, normalmente as pessoas que não se lembram dos sonhos ao fazerem algumas sessões de análise passam a lembrar, demonstrando que a comunicação do inconsciente com o consciente voltou a se restabelecer.
A Psicologia da Gestalt
Formulada entre fins do século passado e início do nosso século, a Psicologia dos Padrões de Totalidade ou de Totalidades Significativas surgiu como um protesto contra a tentativa de se compreender a experiência psíquico-emocional através de uma análise atomística-mecanicista tal como era proposto por Wundt – análise esta no qual os elementos de uma experiência são reduzidos aos seus componentes mais simples, sendo que cada um destes componentes são peças estudadas isoladamente dos outros, ou seja, a experiência é entendida como a soma das propriedades das partes que a constituiriam, assim como um relógio é constituído de peças isoladas.
A principal característica da abordagem mecanicista é, pois, a de que a totalidade pode ser entendida a partir das características de suas partes constitutivas. Porém, para os psicólogos da Gestalt, a totalidade possui características muito particulares que vão muito além da mera soma de suas partes constitutivas. Como exemplo, poderíamos tomar uma fotografia de jornal é que constituída por inúmeros pontinhos negros espalhados numa área da folha de jornal. Nenhum desses pontinhos, isoladamente, pode nos dizer coisa alguma sobre a fotografia. Apenas quando tomamos a totalidade da figura, é que percebemos a sua significação. A própria palavra Gestalt significa uma disposição ou configuração de partes que, juntas, constituem um novo sistema, um todo significativo.
Estas idéias foram, em parte, adotadas por Carl Rogers em sua teoria da personalidade, conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa já que é o cliente que dirige o andamento do processo psicoterapeutico, trazendo e vivenciando o material pessoal exposto nas sessões.